Pintaste a veste
de teus olhos
com ocaso.
Depois levaste o
que sobrou de teu
silêncio pelas mãos.
Houve quem dissesse que
estavas a quebrar as veias,
tecendo o peso de tuas
pernas com saudades.
Outros viram que traçaste
em bocas a cidade nua,
plantando o rosto em
alguma rua que acabara
de nascer.
De todos os nomes colhidos
nas calçadas, o teu era
dos mais doces.
20/04/2007