segunda-feira, 12 de março de 2007

Auto-Retrato

Todo o tempo teu está guardado

em mim, um cântaro de barro azul

perdendo a consciência.


Amanhã é pouca tinta

pra pintar o céu, embora sempre

haja erros para (re)fazê-lo.


O mundo corre nas janelas. É lá

que vou colher o dia não-vivido,

antes que a frieza das cortinas

engula o verde de sua polpa.


O espelho é o caminho

mais curto para o silêncio.


26/02/2007

4 comentários:

Victor Paes disse...

Nem divulga o blog pros amigos, né! Estou gostando do que você está escrevendo. Mesmo. A gente conversa com mais calma.
Abração.

Carla Luz disse...

Esse poema é lindo! Adorei mesmo!
Gostaria tanto de te ver tocar! Quando vc mandou uma mensagem falando sobre quando vc (ou grupo, não me lembro) iria tocar, eu queria tanto ir, mas não pude... foi uma pena!
Beijão

Confraria do Vento disse...

Salve muleque! Tá mandando bem hein. Meus parabéns, continue assim.

Unknown disse...

"Todo o tempo teu está guardado
em mim, um cântaro de barro azul
perdendo a consciência..."
LINDO, cara! lindo! vou até salvar aqui...

(não disse que ia ver? ;-p)

beijo,
Lise